Satisfação de colaboradores: guia prático para o RH melhorar o ambiente de trabalho
Aqui você confere o que é a satisfação dos colaboradores, as melhores estratégias para melhorar esse índice e criar um local incrível para se trabalhar!
Mais produtividade, engajamento no trabalho, qualidade e maior alinhamento às metas fazem parte do sonho de todo setor de RH. Nesse sentido, é importante entender que é preciso investir na satisfação dos colaboradores para conseguir esses resultados.
Afinal, o bem-estar no trabalho pode transformar tarefas difíceis e estressantes em algo empolgante e conquistar uma motivação maior das pessoas no dia a dia.
Se você, como gestor, deseja entender como melhorar a relação dos seus profissionais e a qualidade de vida no trabalho, confira nosso guia completo.
O que é satisfação dos funcionários?
A satisfação dos colaboradores representa o quanto eles se sentem motivados ao realizar suas tarefas diárias. Ou seja, são pessoas engajadas em suas atividades profissionais, bem como satisfeitas com a forma como o trabalho impacta sua vida.
Edwin Locke, psicólogo americano, define a satisfação do colaborador como resultado de uma avaliação que ele faz do seu trabalho ou da relação da atividade profissional com seus valores.
Já T. Morris Fraser acredita que é um “estado pessoal, subjetivo, dinâmico e constantemente modificável por condições intrínsecas e extrínsecas”.
Por isso, ter uma cultura organizacional saudável é a base para que os funcionários se sintam devidamente motivados.
Assim, os colaboradores se sentem felizes no dia a dia e levam sensações boas do trabalho para casa, como perspectiva de futuro, reconhecimento e etc.
Então, a satisfação está diretamente ligada à produtividade no trabalho, à retenção de talentos e à motivação das equipes.
Se um colaborador tem boa relação com suas funções, salários, benefícios e outros, ele trabalha melhor e entrega melhores resultados, pois não se preocupa e nem se distrai com fatores externos.
No geral, ele tende a ficar mais tempo empregado na empresa, pois deseja continuar vivendo naquele bom ambiente.
Além disso, a sua felicidade é contagiante e funciona como um mecanismo que dissemina alegria e empolgação para o time todo.
Como podemos descrever a satisfação no trabalho?
A satisfação no trabalho é um conceito multifacetado e complexo, em que elementos subjetivos, como emoções e percepções, encontram indicadores objetivos, como produtividade e engajamento.
Três pilares frequentemente associados à satisfação são a motivação, o sentimento de pertencimento e a realização pessoal.
Esses aspectos são interconectados e ajudam a entender como os colaboradores percebem sua experiência no ambiente organizacional, veja:
- A motivação funciona como o motor interno que impulsiona as pessoas a buscarem excelência em suas funções. Quando os colaboradores estão motivados, eles se envolvem mais profundamente em suas tarefas, contribuindo para o sucesso da organização;
- Já o sentimento de pertencimento surge quando o colaborador percebe que suas ideias, valores e esforços são valorizados, em uma conexão emocional com a empresa. Esse vínculo é essencial para o engajamento e a retenção;
- Por fim, a realização pessoal ocorre quando os objetivos profissionais do indivíduo são alinhados aos da empresa. Isso pode incluir conquistas específicas, oportunidades de aprendizado ou mesmo o reconhecimento por um trabalho bem feito.
Ao RH cabe a responsabilidade da identificação desses sinais em equipes.
Ferramentas como pesquisas de clima organizacional, feedbacks regulares e métricas de engajamento possibilitam mapear a percepção dos colaboradores e criar estratégias específicas para aumentar sua satisfação.
Uma pesquisa da Deloitte aponta que menos de 40% dos trabalhadores percebem seus líderes como transparentes em relação ao bem-estar.
Esse dado destaca, sobretudo, a importância de criar uma comunicação clara e aberta para fortalecer esses indicadores.
Quais são os 3 principais fatores de satisfação em um ambiente de trabalho?
A satisfação no trabalho é influenciada por diversos fatores, mas três se destacam: reconhecimento e valorização, oportunidades de crescimento e cultura organizacional saudável.
Reconhecimento e valorização
Trabalhar arduamente em um projeto e não receber nenhum reconhecimento é algo que nenhum colaborador deseja. Essa falta de valorização é justamente um dos maiores desmotivadores no ambiente corporativo.
Feedbacks frequentes, programas de recompensa e simples gestos de agradecimento, por outro lado, podem transformar a percepção dos colaboradores.
Esses pequenos passos são como pequenos tijolos que podem ser reunidos para construir um ambiente mais saudável — em que os esforços individuais são reconhecidos e recompensados.
Um exemplo prático são as empresas que instituem programas de “Funcionário do Mês” ou bônus baseados em desempenho. Frequentemente, elas relatam maior engajamento e produtividade, até com uma competição saudável.
Oportunidades de crescimento
Sem perspectivas de evolução, mesmo os colaboradores mais motivados podem sentir estagnação. Planos de carreira bem estruturados, treinamentos regulares e iniciativas de desenvolvimento são ações importantes nesses casos.
Segundo o mesmo estudo da Deloitte, existe uma diferença entre o que colaboradores esperam e o que a realidade traz nesse quesito. 75% dos profissionais esperam oportunidades de desenvolvimento de suas carreiras, mas apenas 44% dos executivos fazem isso.
Imagine uma empresa que oferece cursos online e mentorias periódicas para desenvolver uma força de trabalho mais qualificada e motivada, ao mesmo tempo em que estimula o crescimento dos profissionais.
Certamente ela terá um melhor desempenho e fortalecerá o seu employer branding.
Cultura organizacional saudável
Uma cultura inclusiva e colaborativa é como o alicerce de um prédio: invisível, mas fundamental.
Quando os colaboradores se sentem ouvidos e respeitados, isso reflete positivamente em sua produtividade e na taxa de retenção.
O estudo da Deloitte também revelou que 80% dos colaboradores consideram os desafios e obstáculos do trabalho, como carga de trabalho estressante, como principais inimigos do bem-estar. E isso passa por um local que não é saudável.
Além disso, a pesquisa aponta que 60% dos trabalhadores consideram mudar de emprego para um ambiente que apoie melhor seu bem-estar.
Esses números reforçam que a satisfação no trabalho vai além de benefícios tangíveis, envolvendo também aspectos emocionais e culturais.
Exemplo prático para solucionar isso: promover debates abertos sobre diversidade e inclusão, além de estabelecer políticas contra discriminação, cria um ambiente onde todos se sentem parte do mesmo propósito.
Como medir a satisfação do colaborador?
Existem diferentes ferramentas que podem ser utilizadas para medir a satisfação do colaborador, como pesquisa de clima organizacional, eNPS, taxa de absenteísmo, e outros.
Vejamos algumas.
Pesquisas de clima organizacional
As pesquisas de avaliação de clima organizacional são questionários que visam entender se o ambiente é saudável e se as pessoas estão, de fato, felizes com seus líderes e colegas de trabalho.
Serve para avaliar se há parcerias e amizades verdadeiras entre os colegas, boas sensações com relação à liderança, etc;
eNPS (Employee Net Promoter Score)
É uma versão do famoso NPS, só que aplicado internamente, para os colaboradores. Assim, eles dão notas para a sua satisfação com a empresa.
A escala é a seguinte, de 0 a 10:
- Detratores: 0 a 6;
- Neutros: 7 e 8;
- Promotores: 9 e 10.
Taxa de absenteísmo
Um número que fala diretamente é a taxa de ausências ou faltas. Afinal, se funcionários não se sentem felizes ou estão estressados com alguma questão do ambiente corporativo, eles tendem a faltar mais, em resposta.
A fórmula é a seguinte:
(quantidade média de colaboradores x total de dias úteis perdidos) ÷ (quantidade média de colaboradores x total de dias úteis)
Taxa de turnover
O turnover é uma métrica até óbvia, que relaciona saídas da empresa com a insatisfação no trabalho.
Se calcula assim:
(Admissões totais + Demissões totais ÷ 2) ÷ Número total de colaboradores x 100.
Feedbacks em sessões 1on1
As sessões de feedback “cara a cara” acontecem, geralmente, entre o líder e o colaborador. Às vezes o colaborador pode ser mais aberto em reuniões 1on1 e falar sobre o que está o deixando infeliz.
Exemplos de perguntas eficazes em pesquisas de satisfação
Algumas perguntas interessantes para serem usadas em pesquisas de satisfação de colaboradores são:
- “O quanto você se sente valorizado na empresa?”
- “O que pode melhorar no ambiente de trabalho?”
- Na sua visão, o que você mudaria na empresa?
- “Qual o principal obstáculo que impede você de alcançar seus objetivos?”
Como aumentar a satisfação dos colaboradores?
O que realmente motiva os colaboradores no ambiente de trabalho? A resposta vai além de bons salários e promoções esporádicas. Atualmente, empresas que priorizam o bem-estar e a personalização das experiências conseguem reter talentos com mais facilidade, especialmente em um mercado tão competitivo.
Promover a satisfação dos colaboradores é mais do que um diferencial. Vamos explorar como o RH pode transformar o ambiente corporativo com ações práticas.
Saúde financeira e seu impacto na retenção
A saúde financeira é uma preocupação constante para muitos trabalhadores, e empresas que oferecem soluções nesse sentido saem na frente.
Colaboradores com estabilidade financeira têm maior capacidade de focar no trabalho e se engajar nas metas da organização.
Um ponto importantíssimo nesse sentido é a educação financeira. Oferecer workshops ou palestras sobre como gerir melhor o orçamento pode parecer simples, mas gera um impacto profundo.
Quando os profissionais entendem como organizar suas finanças, eles se sentem mais seguros e preparados para lidar com desafios pessoais, trazendo essa confiança para o ambiente corporativo.
Flexibilidade: a chave para o equilíbrio
A flexibilidade no trabalho já não é mais um luxo, mas uma demanda crescente. Horários flexíveis e o home office se mostraram soluções valiosas, especialmente após as mudanças aceleradas pela pandemia.
Empresas que adotam esses modelos conseguem melhorar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal de seus colaboradores.
Imagine, por exemplo, um colaborador que pode ajustar seu horário para levar os filhos à escola ou fazer uma consulta médica sem se preocupar com punições.
Essa autonomia gera uma sensação de confiança mútua e cria um ambiente no qual o profissional sente que sua individualidade é respeitada.
Além disso, a flexibilidade aumenta a retenção de talentos e fortalece o employer branding, pois proporciona um diferencial competitivo em relação a empresas mais rígidas.
Saúde mental como prioridade
A saúde mental é um tema urgente no ambiente corporativo. Altos níveis de estresse e burnout são desafios que não podem ser ignorados.
Empresas que investem em programas de assistência ao colaborador, campanhas de conscientização e espaços para descompressão estão mostrando que o bem-estar emocional é prioridade.
Quando um colaborador sabe que pode buscar apoio psicológico sem medo de julgamento, ele sente que sua empresa se importa com ele como indivíduo, e não apenas como uma peça no sistema.
Isso gera um ciclo positivo: menos absenteísmo, maior motivação e, claro, mais produtividade.
Diversidade e inclusão: um ambiente mais acolhedor
Promover diversidade e inclusão é uma forma de criar um ambiente de trabalho inovador, dinâmico e acolhedor.
Empresas que investem em práticas inclusivas, como treinamentos para reduzir vieses inconscientes ou programas de mentorias para grupos minoritários, constroem uma cultura organizacional saudável.
Essa abordagem ajuda a atrair (e reter) talentos de diferentes origens, bem como aumentar o engajamento das equipes.
Quando as pessoas se sentem incluídas e respeitadas, elas estão mais dispostas a contribuir com ideias, colaborar em projetos e permanecer na organização por mais tempo.
A importância dos benefícios corporativos
Os benefícios corporativos são o alicerce de uma estratégia de bem-estar no trabalho. Eles vão além do óbvio, oferecendo suporte direto às necessidades dos colaboradores.
Um ótimo exemplo é o crédito consignado. Esse benefício é a chave para que os profissionais gerenciem suas finanças pessoais de forma mais equilibrada, reduzindo o estresse causado por dívidas.
Imagine alguém que, ao final do mês, consegue pagar suas contas sem perder noites de sono. Esse alívio financeiro tem reflexos diretos na produtividade e na motivação.
Além disso, programas de bem-estar, como acesso a academias, suporte psicológico e até ações de mindfulness, são ideais para promover qualidade de vida no trabalho.
Esses benefícios mostram aos colaboradores que a empresa valoriza suas necessidades individuais, o que reforça o vínculo emocional entre eles e a organização.
Conclusão
A satisfação dos colaboradores representa o coração de uma empresa próspera. Investir em benefícios corporativos relevantes, saúde financeira, flexibilidade, diversidade e saúde mental é um aspecto obrigatório nos nossos tempos.
Essas ações criam uma cultura organizacional em que as pessoas se sentem vistas, ouvidas e valorizadas.
Para gestores que desejam dar o próximo passo, uma das soluções é a implementação de plataformas de gestão de benefícios.
Sistemas como o eConsig podem ser um grande aliado para potencializar a satisfação e o bem-estar das equipes, ao democratizar e facilitar o acesso a benefícios consignados.
Fale conosco e prepare-se para investir no que realmente importa: seu time.
Perguntas frequentes
Vejamos as principais perguntas sobre esse tema.
Equipes satisfeitas são mais engajadas, produtivas e têm menores índices de turnover.
Use ferramentas simples como eNPS e perguntas diretas sobre o ambiente de trabalho.
Identifique as causas com pesquisas e adote ações como feedbacks e melhorias no ambiente.
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