Educação financeira dos colaboradores: como ela impacta a empresa?

Você sabe como a educação financeira dos colaboradores impacta sua empresa? Entenda os cuidados a serem tomados, o papel do RH e como implementar o conceito na empresa!

A educação financeira de um colaborador pode influenciar todas as ações de RH na empresa. Hoje, além de uma competência individual, ela se tornou uma necessidade coletiva, principalmente no âmbito corporativo. 

Por isso, é importante promover ações de conscientização financeira entre seus colaboradores e, mais que isso, fornecer mecanismos diferenciados de remuneração para ajudá-los a equilibrar o orçamento mensal — é o caso dos benefícios corporativos, por exemplo.

Pensando nisso, reunimos aqui tudo o que você precisa saber sobre o impacto da educação financeira na sua empresa e como o RH pode atuar nesse cenário.

Vamos lá?

Qual é o conceito de educação financeira?

A educação financeira é mais do que saber administrar o dinheiro. Ela é um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que permitem às pessoas tomar decisões financeiras mais conscientes ao longo da vida. 

Em outras palavras, é a capacidade de entender como o dinheiro funciona no mundo real e como gerenciá-lo para alcançar metas financeiras individuais e familiares.

Um bom exemplo de consciência sobre a educação financeira é saber elaborar um orçamento mensal, porque envolve:

  • Identificar todas as fontes de renda;
  • Listar todas as despesas fixas e variáveis, como aluguel, alimentação, transporte e lazer;
  • Destinar uma parte do dinheiro para poupança e investimentos; 
  • Avaliar como está sua saúde financeira mensal;
  • Planejar os próximos meses com mais consciência;
  • Entender sobre a importância de manter uma reserva de emergência para imprevistos, como desemprego ou despesas médicas.

Outro aspecto importante da educação financeira é o conhecimento sobre os diferentes tipos de investimentos disponíveis e como eles podem contribuir para o crescimento do patrimônio ao longo do tempo. 

Ou seja, pensar e avaliar desde investimentos de baixo risco, como a poupança e a renda fixa, até investimentos mais arrojados, como ações e fundos de investimento.

Educacao financeira dos colaboradores

Quais são os principais pilares da educação financeira?

A educação financeira possui alguns fundamentos, sobre os quais se baseia a gestão do dinheiro. São eles: planejamento financeiro, controle de gastos, poupança e investimento, gerenciamento de dívidas, consumo responsável.

Veja abaixo com mais detalhes:

  • Planejamento financeiro: envolve a definição de metas financeiras de curto, médio e longo prazo e a criação de um plano de ação para alcançá-las. Para isso, é preciso definir um orçamento, criar uma reserva de emergência e pensar nas estratégias de investimento;
  • Controle de gastos: é um passo importante para garantir que as despesas não excedam a renda disponível. Ou seja, mensalmente, é necessário acompanhar os gastos, identificar áreas para economia e redução das despesas;
  • Poupança e investimento: são hábitos para o crescimento do patrimônio ao longo do tempo. Poupar é reservar uma parte da renda para situações de emergência e para o curto prazo, enquanto investir significa colocar o dinheiro para trabalhar a seu favor, com retornos financeiros no longo prazo;
  • Gerenciamento de dívidas: é importante para evitar o endividamento excessivo e garantir que as dívidas existentes sejam pagas no prazo. Para isso, é preciso entender quais os tipos de dívidas, como empréstimos, financiamentos e cartões de crédito, e as melhores ações para evitar (ou lidar com) a inadimplência;
  • Consumo responsável: significa fazer escolhas de compra de forma consciente, considerando as necessidades e os valores disponíveis. As melhores práticas envolvem diferenciar as necessidades dos desejos, planejar as compras, avaliar o custo-benefício e ter consciência do impacto ambiental.

Sustentar e incentivar esses pilares na sua empresa é uma forma de trazer o conceito ESG para a cultura corporativa e contribuir para o bem-estar dos funcionários.

Princípios da educação financeira

Qual é o principal objetivo da educação financeira?

A educação financeira tem por objetivo capacitar as pessoas a fazer melhores escolhas financeiras e administrar seus ganhos/gastos de forma mais organizada, para promover sua estabilidade a longo prazo. 

Isso é possível pela compreensão dos princípios básicos apresentados no tópico anterior, que permitem planejar suas finanças de forma mais estratégica, podendo criar metas mais realistas e adotar hábitos financeiros saudáveis. 

O que é a regra dos 50-30-20?

Essa regra é uma ferramenta simples de gerenciamento financeiro que destina 50% da renda para necessidades básicas (como moradia e alimentação), 30% para desejos pessoais (entretenimento, viagens e compras) e os 20% restantes devem ser reservados para poupança e investimento.

Essa forma de dividir os ganhos financeiros permite garantir que as despesas essenciais sejam priorizadas, que haja espaço para desfrutar da vida e que uma parte da renda seja direcionada para o crescimento do patrimônio pessoal. 

Em uma realidade em que 63% dos trabalhadores CLT chegam ao fim do mês sem dinheiro para quitar as contas básicas, como apontado na pesquisa da Zetra, segui-la pode criar uma boa base para tentar equilibrar melhor as necessidades do curto prazo e evitar o endividamento.

Qual é a importância da educação financeira em nossa vida?

Ter educação financeira permite que cada pessoa consiga atingir o bem-estar financeiro, bem como contribui para o desenvolvimento socioeconômico do país. Além disso,  possibilita gerenciar melhor os recursos, ter maior inclusão financeira, se preparar melhor para enfrentar adversidades e para o futuro.

Seu impacto é significativo pois as pessoas aprendem a como ganhar, gastar, poupar e investir seu dinheiro. Esses conceitos básicos de finanças pessoais ajudam a evitar dívidas desnecessárias e a aumentar a reserva de emergência.

Com isso, a educação financeira ajuda a desenvolver habilidades de solucionar problemas — como gerenciamento de dívidas — e a criar oportunidades de investimento para controlar riscos financeiros.

Imagine só o quanto essas habilidades também podem ser úteis quando aplicadas pelos profissionais para as empresas?

Esse conhecimento está diretamente ligado à saúde financeira das pessoas. Como mostra a pesquisa da Zetra que citamos anteriormente, isso é relevante em uma realidade que o endividamento causa:

  • Aumento de estresse (56%); 
  • Irritabilidade (44%);
  • Insônia (37%);
  • Ganho ou perda de peso (16%);
  • Depressão (13%); entre outros efeitos na vida pessoal.

Como a saúde financeira (ou a falta dela) impacta o trabalho?

E é fácil perceber, inclusive, que esse tipo de consequência também influencia o rendimento no trabalho. 

Colaboradores que estão estressados, irritados, dormem mal, ou que estão com a saúde física e mental comprometidas, certamente terão menor produtividade e concentração em suas atividades profissionais.

Ela também é um instrumento de inclusão financeira, permitindo que indivíduos de todos os contextos sociais tenham acesso a serviços adequados e oportunidades de desenvolvimento. 

Em outras palavras, quando as pessoas entendem como funcionam os produtos financeiros, como contas bancárias, crédito consignado, cartões de crédito e investimentos, podem fazer escolhas sobre o seu próprio dinheiro.

Por fim, uma população financeiramente educada é um componente indispensável ao crescimento econômico de um país. Quando as pessoas possuem habilidades financeiras, geralmente sabem como investir e contribuir para a ocupação de empregos e geração de riqueza.

O que fazer para ter educação financeira?

Você viu como ter uma boa educação financeira é fundamental para garantir o bem-estar em diversos âmbitos da vida. Mas como incentivar o colaborador a aplicar os conhecimentos relacionados ao tema?

Aqui estão algumas dicas que podem ser compartilhadas:

  1. Liste todas as despesas mensais

    Dividindo-as em categorias, como moradia, alimentação, transporte, saúde, lazer e outros. Isso facilita a visão de como o dinheiro está sendo gasto e onde é possível economizar.

  2. Controle os gastos mensais

    Através de aplicativos de gestão financeira ou planilhas para registrar todas as despesas e manter as finanças sob controle.

  3. Crie metas financeiras

    Como pagar dívidas, ter uma reserva de emergência, economizar para aposentadoria ou fazer uma viagem a fim de manter o foco e a motivação.

  4. Reserve uma parte de sua renda mensal para poupança e investimentos

    Mesmo que seja uma quantia pequena. Alguns bancos mostram a opção de planejamento automático de investimento que pode ser útil para evitar que você se esqueça.

  5. Priorize o pagamento de dívidas com juros mais altos primeiro

    E, em seguida, trabalhe para pagar o restante ou negociar taxas de juros mais baixas para facilitar o pagamento.

  6. Aprenda sobre conceitos financeiros básicos

    Como juros compostos, diversificação de investimentos e gerenciamento de riscos através de livros, bons podcasts e cursos online.

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  7. Busque orientação de um profissional financeiro


    Para ajudá-lo a criar um plano personalizado e fornecer orientações específicas para sua situação.

Leia também: eConsig mais acessível: 6 diferenciais para gerenciar consignados

Como a educação financeira do colaborador pode influenciar nos resultados da sua empresa?

A saúde financeira dos funcionários pode ter um impacto no desempenho e na produtividade organizacional. Abaixo, listamos os principais:

  1. Redução do estresse financeiro;
  2. Aumento da produtividade;
  3. Diminuição do absenteísmo;
  4. Melhoria do engajamento e retenção;
  5. Aumento da rentabilidade.

Confira abaixo a explicação para cada um: 

1. Redução do estresse financeiro

Segundo a pesquisa da Zetra, funcionários que lidam com problemas financeiros apresentam: 

  • Maior estresse no trabalho (58%); 
  • Diminuição da atenção (44%); 
  • Irritabilidade com outras pessoas (36%); entre outros. 

Com esse conhecimento disseminado entre os colaboradores, a empresa pode ajudar a reduzir o estresse financeiro e melhorar o bem-estar.

2. Aumento da produtividade

Dados da mesma pesquisa mostram que colaboradores com má qualidade de vida financeira diminuem em 34% sua produtividade no trabalho, ao contrário dos que têm um bom relacionamento com as finanças. 

Quando estão menos preocupados com questões como a falta de dinheiro, podem se concentrar melhor em suas responsabilidades no ambiente profissional. 

Para saber mais, baixe gratuitamente nosso e-book: Bem-estar financeiro e performance do colaborador: entenda a relação!

3. Diminuição do absenteísmo

A pesquisa ainda mostra um aumento de 5% nas faltas no trabalho devido a problemas financeiros, como dívidas ou inexistência de reservas financeiras. 

Mas, com a oferta de educação financeira e apoio aos colaboradores, as empresas podem ajudar a reduzir o absenteísmo e reforçar o seu compromisso com o capital mais importante da organização!

4. Melhoria do engajamento e retenção

Funcionários que se sentem apoiados pela empresa em questões financeiras tendem a ter maior engajamento e senso de pertencimento com a organização. 

Essa é, portanto, uma iniciativa importante para empresas que desejam se tornar exemplos de employer branding.

Aquelas que demonstram preocupação com o bem-estar de sua equipe contribuem para o seu desenvolvimento financeiro e aumentam a satisfação no trabalho e a retenção de talentos.

Saiba mais: Como a saúde financeira ajuda na retenção de talentos?

5. Aumento da rentabilidade

A educação financeira permite que os trabalhadores tomem decisões conscientes, o que pode resultar em melhor gerenciamento de tempo e economia de custos no ambiente de trabalho.

Além disso, pode contribuir para uma cultura organizacional mais fortalecida a longo prazo.

Benefícios corporativos para dar mais qualidade de vida aos colaboradores

Diante de todo o cenário exposto, oferecer auxílios que promovam a saúde dos colaboradores é a principal alternativa.

Primeiramente, 78% dos entrevistados na pesquisa da Zetra consideraram os tipos de benefícios de saúde e bem-estar — convênio médico, odontológico e farmacêutico — como essenciais para uma boa qualidade de vida.

Mas, para além disso, criar programas de educação financeira pode ajudar a desenvolver habilidades necessárias para que os colaboradores gerenciem suas finanças.

Para o economista Flávio Náufel do Amaral, Presidente Comercial da Zetra, as empresas estão oferecendo educação financeira porque perceberam que  aumentar o salário não é a única alternativa, mas é importante ensinar a pessoa a gerenciá-lo.

“Na prática, as pessoas alfabetizadas economicamente, ao receberem noções que vão desde o nível fundamental ao avançado sobre o dinheiro, saberão onde utilizá-lo. Elas ficam por dentro do que é gasto, investimento, item supérfluo” afirma.

E dentro dessa realidade, a pesquisa da Zetra apontou que 87% dos trabalhadores consideram que o RH pode ajudá-los em assuntos relacionados às finanças. Eles acreditam que a solução está em:

  • Criar programas de educação financeira (29%);
  • Ofertar crédito consignado com juros mais baixos (28%);
  • Realizar acompanhamento psicológico regular (16%).

Segundo a Zetra, em 2023, 52% das empresas ofereceram crédito consignado para seus colaboradores. O aumento na utilização é pelo conhecimento sobre ser uma boa opção para emergências.

De fato, ele é uma opção mais acessível para os que precisam de assistência financeira rápida. Com boas condições, a empresa pode ajudar os colaboradores a lidar com imprevistos de forma mais tranquila, mesmo quando recebem um salário mínimo.

O eConsig, por exemplo, oferece crédito com taxas de juros mais baixas e prazos mais flexíveis, além da possibilidade de comparar ofertas de diversos bancos.

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Conclusão

Em resumo, a educação financeira é um pilar fundamental para a estabilidade econômica individual e o sucesso corporativo de todo um conjunto de colaboradores. 

Dentro desse cenário, o RH contribui para encontrar soluções que atendam os funcionários e melhore sua gestão de pessoas dentro da organização.

Na Zetra, somos comprometidos com a promoção da saúde financeira e em oferecer soluções que contribuam para o desenvolvimento pessoal e profissional. 

Para aprender mais sobre assuntos financeiros e ações de RH, não deixe de acompanhar nosso blog!

Perguntas frequentes

Confira as principais respostas para as dúvidas comuns sobre educação financeira.

Qual é o conceito de educação financeira?

A educação financeira é um conjunto de conhecimentos, habilidades e práticas que permitem às pessoas gerir suas finanças de uma forma mais consciente.

O que fazer para ter educação financeira?

Para desenvolver uma boa educação financeira, é preciso adotar práticas como elaborar um orçamento, controlar os gastos, evitar dívidas desnecessárias, investir em conhecimento financeiro e buscar um especialista quando necessário.

O que é a regra dos 50-30-20?

A regra dos 50-30-20 é uma estratégia simples de gerenciamento financeiro que sugere destinar 50% da renda a despesas essenciais, 30% a despesas pessoais e 20% a investimentos e poupança.

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