Reajuste do salário mínimo 2025: entenda quais são os impactos e qual é o valor atual
Com o reajuste do salário mínimo 2025, o valor passou a ser de R$ 1.518,00, 7,5% maior que o de 2024.
O reajuste do salário mínimo, marco importante para milhões de brasileiros, é um indicador sensível da qualidade de vida e bem-estar da população, que reflete as condições sociais e econômicas do país.
A cada ano esse valor sofre atualizações que refletem os novos índices econômicos e determinam novos patamares de remuneração que influenciarão diversos setores da sociedade.
As empresas também podem sofrer impactos do reajuste no RH. Por isso, essas mudanças precisam ser consideradas no planejamento estratégico, para garantir a adaptação à nova realidade econômica, que afeta desde a estrutura salarial até a gestão de benefícios e contratações.
Neste conteúdo, trouxemos um panorama completo sobre a previsão do salário mínimo para 2025 e suas consequências no mercado de trabalho. Ao final, você encontrará as respostas para as dúvidas mais comuns a respeito desse assunto.
Boa leitura!
Qual é o valor do salário mínimo 2024?
O salário mínimo no Brasil está fixado em R$ 1.412, valor que passou a valer em 01 de janeiro de 2024 e torna-se válido na folha de pagamentos de fevereiro do mesmo ano, conforme anunciado pelo governo.
Este valor é um pilar para a segurança financeira de milhões de trabalhadores, que dependem dessa quantia para suas despesas cotidianas.
Os termos da lei foram modificados desde sua criação, mas, em linhas gerais, o valor indica um piso mínimo que todos os trabalhadores devem receber pela jornada de trabalho
As políticas que permeiam o salário mínimo muitas vezes seguem cronogramas específicos, moldando diretamente o orçamento e as expectativas dos trabalhadores e o planejamento financeiro e tributário dos empregadores.
Quanto vai ser o aumento do salário mínimo em 2025?
Segundo o Governo Federal, em 2025, o salário mínimo passará para R$ 1.518,00, o que representa um aumento de R$ 106,00 ou 7,5% em comparação com o valor vigente em 2024.
Esse reajuste busca acompanhar a inflação estimada, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de incluir o aumento do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.
O novo valor também está alinhado com a política de recuperação do poder de compra dos trabalhadores. Como resultado, vale destacar que o aumento impactará diretamente na folha de pagamento e exigirá atenção especial do setor de RH.
Afinal de contas, com a elevação do piso salarial, as empresas poderão enfrentar um aumento em despesas como encargos sociais, benefícios e ajustes nos planos de carreira.
Quando deve ser pago o reajuste do salário mínimo?
Ainda não sabe quando começa a receber o novo salário mínimo? Então, anote aí: o valor do INSS 2025, representado pelo salário mínimo, entra em vigor em 01 de janeiro de 2025.
Ou seja: desde o primeiro dia do ano. Entretanto, o novo benefício é aplicado ao cálculo da folha de pagamento de fevereiro, que é referente aos serviços prestados em janeiro.
Quem tem direito ao reajuste do salário mínimo?
O montante do salário mínimo abrange todos os trabalhadores, tanto no setor público quanto privado, em todas as regiões do Brasil. Para aqueles que atuam em uma carga horária menor, o valor é proporcional às horas trabalhadas.
Alguns exemplos de pessoas impactadas pelas definições e aumento do salário mínimo em 2025, são:
Alguns exemplos de pessoas impactadas pelas definições e aumento do salário mínimo em 2025, são:
- Aposentados do INSS;
- Beneficiários de programas sociais vinculados ao salário mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Servidores públicos que recebem o piso nacional;
- Colaboradores de empresas privadas; etc.
É importante lembrar que os estados brasileiros podem estabelecer salários mínimos regionais e pisos salariais específicos para algumas categorias profissionais. Esses valores podem superar o valor mínimo federal, mas nunca serão inferiores.
Isso traz flexibilidade para adequar os salários às realidades econômicas e custos de vida específicos de cada região, assegurando, no entanto, que não haja desvalorização em relação ao salário mínimo naciona
Qual o histórico de reajustes?
Desde 1963, há um extenso histórico de variações que refletem ajustes econômicos, mas também mudanças nas políticas governamentais e sociais.
O gráfico a seguir, disponibilizado no site do G1, mostra como o salário mínimo evoluiu ao longo dos anos, entre 2005 e 2024:
Ao longo das décadas, observamos mudanças muitas vezes atreladas às condições econômicas do país. Durante os anos 80 e 90, por exemplo, o Brasil enfrentou períodos de hiperinflação, o que impactou diretamente o poder de compra do salário mínimo.
A partir do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995, foi implementada uma política de reajuste real, visando garantir ganhos reais para os trabalhadores.
Já nos anos 2000, observou-se uma valorização expressiva do salário mínimo, com aumentos acima da inflação, chegando a 20% de aumento em 2003 (R$240,00).
A política de valorização do salário mínimo, sancionada em 2007, que voltou a ser implementada este ano, estabeleceu diretrizes para reajustes que consideram a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), buscando assegurar a manutenção do poder de compra.
Quais os impactos do reajuste do salário mínimo para as empresas e para o RH?
O reajuste do piso salarial nacional pode ter vários impactos no setor de RH. Desse modo, é evidente a necessidade de readequação financeira em empresas que irão remunerar sua equipe com base no salário mínimo 2025 ou em salários que acompanham o índice de reajuste nacional.
Confira alguns dos principais efeitos:
- Custos trabalhistas aumentados: empresas que empregam trabalhadores e tem como base o salário mínimo percebem um crescimento direto nos custos de pessoal. Isso pode impactar a sua rentabilidade, especialmente aquelas com margens de lucro menores;
- Pressão sobre a folha de pagamento: o aumento do salário mínimo exige uma revisão dos gastos com a folha de pagamento, que pode impactar o fluxo de caixa e forçar o RH a buscar alternativas, como renegociar contratos ou reorganizar as equipes para manter o equilíbrio financeiro;
- Riscos de sustentabilidade financeira: se o aumento do salário mínimo não for acompanhado por aumentos na produtividade ou eficiência, pode haver um descompasso orçamentário, já que nem sempre é possível repassar rapidamente os custos adicionais para os consumidores;
- Impacto nas pequenas empresas: pequenas empresas, em particular, podem ser mais afetadas pelo reajuste, já que podem ter menos flexibilidade financeira para lidar com mudanças;
- Conformidade regulatória: tão importante quanto os itens anteriores são que as empresas também precisam garantir que estejam conforme todas as leis e regulamentos, o que pode demandar atualizações nos sistemas internos e políticas de RH.
Além desses pontos, é importante considerar como o cálculo do reajuste salarial pode afetar as despesas com benefícios e encargos, já que o aumento do salário influencia essas áreas.
Leia também: Tendências de RH para 2025: Prepare sua empresa para o futuro do trabalho
Principais estratégias para reduzir os impactos
Para reduzir as consequências negativas, as empresas podem adotar algumas práticas de planejamento, como:
- Análise do orçamento: revisar os custos operacionais para identificar áreas onde é possível diminuí-los sem comprometer a qualidade;
- Investimento em automação: aumentar a eficiência operacional pode ajudar a compensar os custos extras do aumento salarial;
- Treinamento e capacitação: melhorar a produtividade dos funcionários pode ajudar a equilibrar o aumento nos custos trabalhistas.
Ferramentas de planejamento financeiro para o RH
O reajuste do salário mínimo traz alguns desafios para o setor de Recursos Humanos, pois exige rever e readequar as estratégias financeiras e de gestão de pessoal.
Para lidar com essas mudanças, o RH pode lançar mão de ferramentas que auxiliam na organização e simulam os impactos desse reajuste na empresa, e assim, adaptar-se às novas condições com mais precisão e agilidade.
Nesse sentido, alguns recursos que podem contribuir são:
- Planilhas de projeção orçamentária: modelos, como no Excel ou no Google Sheets, possibilitam a simulação de custos, ajudando a visualizar como o reajuste afetará a folha de pagamento e os benefícios;
- Software de gestão financeira: são úteis para prever e controlar as despesas com o pessoal, para um planejamento completo das finanças da empresa. E ainda ajusta a folha de pagamento de acordo com o novo índice, facilitando o gerenciamento das mudanças salariais;
- Indicadores de desempenho (KPIs): acompanhar KPIs relacionados aos custos com colaboradores ajuda a entender as implicações financeiras do reajuste e a tomar melhores decisões
- Soluções de análise de dados: plataformas, como Power BI e Tableau, possibilitam que o RH produza relatórios sobre o impacto do reajuste e trace novas estratégias conforme necessário.
Qual é a diferença entre o salário nacional e regional?
Desde 2000, os estados podem estabelecer salários mínimos regionais, uma realidade em alguns estados brasileiros, onde as condições econômicas podem variar.
Esses valores estaduais podem se sobrepor ao piso nacional, caso o estado decida adotar uma política salarial própria e tenha a prerrogativa de estabelecer um salário mínimo próprio, superior ao mínimo nacional.
Atualmente, isso acontece em cinco estados brasileiros:
- São Paulo;
- Rio de Janeiro;
- Paraná;
- Rio Grande do Sul;
- Santa Catarina.
O governo federal estabelece o salário mínimo nacional e serve como um valor de referência para todo o país. Sua definição considera as condições econômicas gerais e as diretrizes de políticas públicas.
Esse valor é aplicável a trabalhadores de todos os estados brasileiros, independentemente das características econômicas específicas de cada região.
José Ronaldo Souza Junior, professor de economia, afirma que a discrepância salarial entre os estados pretende compensar os custos de vida e produção, que podem variar em relação à média nacional.
Tire suas dúvidas sobre o salário mínimo
Para aprender um pouco mais sobre o reajuste do salário mínimo em 2025, separamos algumas perguntas e respostas que vão te ajudar a compreender o índice de reajuste e até mesmo o impacto do reajuste no RH.
1. É possível viver com um salário mínimo no Brasil?
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostrou que o salário mínimo necessário para se viver em novembro de 2024 deveria ser de R$ 6.959,31.
Ou seja: existe, aí, uma diferença de mais de R$ 5 mil em relação ao valor do salário mínimo de 2024, que é de R$ 1.412, e ainda está longe de ser o valor ideal conforme o cálculo do reajuste salarial para 2025, cujo mínimo é de R$ 1.518.
Essa realidade é ainda mais complexa quando consideramos famílias que possuem filhos e que precisam considerar todos os gastos familiares dentro desse valor.
2. Como as mudanças no salário mínimo impactam os benefícios sociais?
O reajuste do piso salarial 2025 tem efeitos diretos nos benefícios sociais, como aposentadorias, pensões, abono PIS/PASEP, seguro-desemprego, CadÚnico e outros.
Geralmente, atrela-se os benefícios a esse valor mínimo, o que garante que acompanhem seu crescimento e contribui para a manutenção do poder aquisitivo dos beneficiários.
Além disso, afeta os MEIs, já que, por mês, eles recolhem 5% sobre o valor do salário mínimo para o INSS e, por isso, têm direito a aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-maternidade, pensão por morte para os dependentes e auxílio-reclusão.
3. Há alguma relação entre o salário mínimo e a faixa do Imposto de Renda?
Sim, o salário mínimo influencia a faixa de isenção do IRPF. Confira quais são as mudanças previstas e o índice de reajuste com base na tabela que o Estadão compartilhou referente aos anos de 2025 e 2026:
Faixas do IR | Base de cálculo | Alíquota | Parcela a deduzir do IR |
Faixa 1 | Até R$ 2.259,20 | Zero | Zero |
Faixa 2 | De R$ 2.259,21 até R$ 2.828,65 | 7.50% | R$ 169,44 |
Faixa 3 | De 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
Faixa 4 | De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22.50% | R$ 662,77 |
Faixa 5 | Acima de R$ 4.664,68 | 27.50% | R$ 896,00 |
Essa afirmação é válida considerando a tabela de IR atual, mas ainda pode sofrer alterações de isenção. É importante atentar-se às notícias para ficar por dentro das discussões sobre o tema!
4. Como funciona o salário mínimo para aposentados?
Em 2025, aposentados que recebem um benefício equivalente ao piso previdenciário terão seus pagamentos reajustados conforme o novo valor do salário mínimo — isso garante que nenhum segurado receba menos do que o mínimo estabelecido.
Além disso, o reajuste do salário mínimo influencia a base de cálculo para benefícios superiores ao piso, como os pagos acima do mínimo, já que esses valores podem ser atualizados de acordo com índices inflacionários ou critérios definidos pelo governo.
Para aposentados, esse ajuste serve para preservar o poder de compra em um cenário de inflação ou de aumento no custo de vida.
É importante ressaltar que, para aposentados que recebem mais do que o salário mínimo, o reajuste pode ser diferente, seguindo outros critérios de correção. Dessa forma, o salário mínimo serve como um parâmetro que garante dignidade e suporte financeiro àqueles que dependem do sistema previdenciário.
O reajuste do salário mínimo já é uma realidade!
As discussões sobre o reajuste do salário mínimo permitem compreender a importância desse valor para milhões de brasileiros e suas implicações na economia nacional.
A política de valorização traz previsões favoráveis para 2025, mas o salário ainda se mostra baixo frente à realidade econômica do país.
Nesse sentido, reforçamos a importância desse tema, considerando que a instabilidade financeira afeta grande parte da população e tem repercussões em diversos setores, incluindo a saúde mental dos colaboradores.
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Ainda tem dúvidas sobre o aumento do salário mínimo em 2025?
Confira as principais perguntas e respostas sobre o assunto.
O reajuste salarial de 2025 entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano e acompanhou a atualização do salário mínimo nacional.
Os trabalhadores e beneficiários do INSS passam a receber o novo salário mínimo, no valor de R$ 1.518, a partir de janeiro de 2025. Mas o recebimento do salário atualizado só deve constar na folha de pagamento do mês de fevereiro.
Para quem recebe acima do salário mínimo, o aumento será definido com base no índice de reajuste da inflação, que pode variar dependendo dos critérios estabelecidos pelo governo.
O piso previdenciário, que corresponde ao valor mínimo dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), teve um reajuste de 7,5% em 2025. Com esse aumento, o valor passa a ser de R$ 1.518,00, já em vigor a partir de 1º de janeiro.
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