Gestão de conflitos nas organizações: veja as melhores práticas
Conheça a importância da gestão de conflitos e o passo a passo para colocar essa estratégia na sua empresa!
Conflitos podem surgir de diversas fontes, como diferenças de opinião, expectativas não alinhadas ou pressões do dia a dia. Por isso, a gestão de conflitos é uma habilidade importante no ambiente de trabalho, que impacta diretamente a cultura organizacional e o bem-estar dos colaboradores.
Essa capacidade de lidar com divergências de maneira eficaz não apenas previne o surgimento de problemas maiores, mas também deixa o ambiente mais equilibrado e produtivo.
Para entender melhor como essas práticas podem ser aplicadas na sua organização, não perca esse conteúdo!
O que é fazer gestão de conflitos?
A gestão de conflitos é o processo de identificar, abordar e resolver disputas ou desacordos de forma inteligente e construtiva.
É importante reforçar que conflitos são inevitáveis em qualquer ambiente onde pessoas interagem regularmente, devido às diferenças de opinião, personalidade, valores e expectativas.
Quando não gerenciados adequadamente, esses conflitos podem resultar em uma série de consequências negativas, como:
- A diminuição da moral dos funcionários;
- A redução da produtividade;
- O aumento do turnover;
- E até mesmo a deterioração da cultura organizacional.
Segundo pesquisas, os conflitos no ambiente de trabalho podem levar a resultados negativos significativos:
- 27% dos funcionários testemunharam ataques pessoais;
- 25% observaram aumento de ausências ou doenças devido a conflitos;
- 9% viram projetos falharem por causa dessas disputas.
Quais as 4 etapas da gestão de conflitos?
A gestão de conflitos envolve quatro etapas principais: identificação, análise, ação e avaliação. Confira cada uma delas:
Identificação
O primeiro passo na gestão de conflitos é observar sinais de desentendimentos, tensões ou comportamentos alterados entre os envolvidos.
É importante ouvir todas as partes para entender a origem e a natureza do problema.
Análise
Nesta fase, é importante reunir informações sobre o conflito, compreender os pontos de vista de todos os envolvidos e avaliar o impacto do embate no ambiente de trabalho.
Ferramentas como a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) podem ser úteis para entender os pontos fortes e fracos das estratégias de resolução.
Ação
É possível incluir mediação, negociação ou intervenção direta para facilitar a comunicação e a cooperação entre as partes para o plano de ação.
O objetivo é encontrar soluções que satisfaçam todos os envolvidos e que sejam sustentáveis a longo prazo.
Avaliação
A fase final envolve monitorar a eficácia das soluções implementadas e fazer ajustes, se necessário. A avaliação contínua pode garantir que o conflito não ressurja e que as relações interpessoais sejam fortalecidas.
Nesse caso, recolher feedback regular das partes envolvidas para ajustar as estratégias e melhorar o processo de gestão de conflitos no futuro se faz necessário.
Quais são os 4 tipos de conflitos?
Os quatro tipos de conflitos são: interpessoais, intrapessoais, intergrupais e organizacionais. Veja em detalhes:
- Conflitos interpessoais: ocorrem entre duas ou mais pessoas e podem surgir por diversas razões, como diferenças de personalidade, estilos de trabalho, metas ou expectativas divergentes, e problemas de comunicação;
- Conflitos intrapessoais: surgem quando uma pessoa enfrenta dilemas internos ou está em desacordo consigo mesma sobre decisões, valores ou objetivos. No dia a dia, é possível identificar indecisão, estresse ou insatisfação com o próprio desempenho, ou carreira.
- Conflitos intergrupais: ocorrem entre diferentes grupos ou equipes dentro da organização. Podem ser motivados por competição por recursos, objetivos conflitantes, ou rivalidades entre departamentos;
- Conflitos organizacionais: são aqueles que ocorrem dentro da estrutura e das políticas da própria empresa, podendo resultar de mudanças, políticas internas, ou cultura não alinhada com as expectativas dos funcionários. Eles podem ser mais complexos e abrangentes, exigindo uma abordagem mais estratégica para a sua resolução.
Quais são os 5 estilos de gestão de conflitos?
Os cinco principais estilos de gestão de conflitos são: competição, colaboração, compromisso, evitação e acomodação.
Confira:
- Competição: envolve uma abordagem assertiva e pouco cooperativa, onde uma das partes busca satisfazer seus próprios interesses às custas da outra. Pode gerar ressentimento e comprometer os relacionamentos a longo prazo;
- Colaboração: focada em encontrar uma solução que satisfaça todas as partes envolvidas, ela é ideal quando o objetivo é alcançar uma solução ganha-ganha, com as partes se sentindo mais respeitadas. É útil para resolver conflitos complexos onde várias ideias são necessárias;
- Compromisso: envolve um nível médio de assertividade e cooperação, onde ambas as partes fazem concessões para chegar a uma solução aceitável. É útil quando os objetivos são moderadamente importantes e uma solução temporária é necessária. Mas, pode resultar em soluções que não são totalmente satisfatórias para nenhuma das partes;
- Evitação: considerada não assertiva e não cooperativa, é uma abordagem onde a pessoa tenta ignorar ou adiar a resolução do conflito. Funciona quando o conflito é trivial e é uma boa opção quando as emoções estão muito acirradas ou quando não vale a pena gastar tempo. Contudo, pode levar a problemas não resolvidos e ao ressurgimento de conflitos no futuro;
- Acomodação: é uma conduta cooperativa e pouco assertiva, onde uma das partes cede aos desejos da outra. Funciona bem quando a questão em disputa é mais importante para a outra parte ou para preservar a harmonia e evitar ressentimentos. Porém, o uso excessivo desse estilo pode levar à frustração e ressentimento por parte de quem sempre cede.
Qual a melhor forma de gerir conflitos?
Confira o passo a passo prático para gerir conflitos de forma efetiva:
1. Identificação do conflito
Primeiro, reconheça o problema, evite ignorá-lo, pois isso pode agravá-lo.
Além disso, recolha informações, entenda as raízes do conflito conversando com todas as partes envolvidas para obter uma visão completa e imparcial.
2. Análise do conflito
Depois, avalie a situação, ou seja, determine a natureza do conflito e identifique as questões subjacentes. Considere questões como comunicação falha, expectativas não atendidas ou diferenças pessoais.
Em seguida, é interessante mapear os interessados para identificar todas as partes interessadas e como cada uma é afetada pelo problema.
3. Escolha da abordagem
Lembra dos tipos de conflitos apresentados? Agora veja quais as ações de cada um e decida qual escolher:
- Colaboração: encoraje todas as partes a trabalharem juntas para encontrar uma solução mutuamente benéfica;
- Compromisso: cada parte deve estar disposta a ceder em alguns pontos para alcançar um acordo;
- Acomodação: em alguns casos, uma parte pode optar por ceder para preservar a harmonia;
- Competição: utilize essa abordagem quando é necessário tomar uma decisão rápida e a manutenção da relação não é uma prioridade;
- Evitação: pode ser usada temporariamente para acalmar os ânimos, mas não é uma solução a longo prazo.
4. Mediação e negociação
Com a abordagem escolhida, entenda como será a intervenção de um mediador. Quando neutro, pode ajudar a facilitar a comunicação e encontrar uma solução aceitável para ambas as partes.
Em seguida, negocie com as partes envolvidas para que encontrem diretamente uma forma de resolver o conflito, buscando um acordo equilibrado.
5. Implementação da solução
Chegou o momento de colocar a solução em prática! Isso é possível através de um plano de ação. Nele, defina claramente as etapas que serão tomadas para resolver o conflito e assegure que todos tenham entendido suas responsabilidades.
É indispensável ter uma boa comunicação, que garanta a transparência durante todo o processo de resolução.
6. Acompanhamento e avaliação
Não basta só implementar a solução, é preciso um monitoramento periódico para acompanhar as ações, garantir que o conflito foi realmente resolvido e que não há ressurgência de problemas.
Nesse caso, uma ferramenta útil é o feedback das pessoas envolvidas para avaliar qual a porcentagem de eficácia da solução e fazer ajustes, se necessário.
7. Prevenção de futuros conflitos
Para prevenir futuros conflitos, considere as dicas:
- Treinamento em comunicação: promova o desenvolvimento de habilidades de comunicação eficazes entre os membros da equipe;
- Clareza nas expectativas: assegure que os objetivos e as expectativas sejam claramente definidos e compreendidos por todos;
- Cultura de respeito e colaboração: incentive um ambiente de trabalho onde o respeito mútuo e a colaboração sejam valores centrais.
Perguntas frequentes
Confira algumas perguntas comuns sobre gestão de conflitos:
A melhor maneira de resolver um conflito é identificar suas causas, ouvir todas as partes envolvidas e buscar uma solução colaborativa e mutuamente favorável.
O líder deve agir de forma imparcial, mediando a situação, promovendo uma comunicação aberta e garantindo que todos os envolvidos sejam ouvidos.
Resolver conflitos de forma inteligente envolve usar técnicas de negociação e mediação, focando em soluções que atendam aos interesses de todos e fortalecendo a colaboração entre as partes.
Conclusão
Como você viu, a gestão de conflitos requer uma abordagem proativa e estruturada, focada na comunicação aberta, mediação imparcial e soluções colaborativas.
Com essas práticas estratégicas, as organizações podem transformar conflitos em oportunidades de crescimento e melhoria, promovendo um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
Viu que o caminho ainda é longo, certo? Então, continue aprimorando suas metodologias com o 6 tecnologias e ferramentas de engajamento para o RH do nosso e-book gratuito!
Continue aprendendo com nossos próximos conteúdos:
Conheça o eConsig
Preencha o formulário abaixo que em breve entraremos em contato.